Por entre fraquezas múltiplas e afectos vários, viajar por entre o frio, a chuva e quiçá a neve, é apenas uma forma de surf do lado de dentro das ondas.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
sábado, 22 de novembro de 2008
OCTOGÉSIMAS
Uma pessoa doente sente que o seu problema é importante para os outros quando os outros dão prioridade ao seu problema antes mesmo de a darem aos seus próprios problemas.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
SEPTUAGÉSIMAS-NONAS
SEPTUAGÉSIMAS-OITAVAS
Andar pelas ruas desertas, o frio a cortar a cara por cima do cachecol, os vultos da noite. Luzes de montras desertas de gente. Uma liberdade, sem destino nem rumo. Apenas isso. E tanto.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
SEPTUAGÉSIMAS-SÉTIMAS
Regresso, por instantes, ao meu bairro. Rever as caras que já não via há semanas. A banca da indiana está no mesmo sítio, com a mesma distância do mundo que sempre teve. O frio cai, sinto-o nitidamente, sobre as pedras, as casas e as pessoas. Senti, nítido, o clique entre a amenitude e o frio nocturno. Gostei de perceber que conservo a sensibilidade para as coisas invisíveis. Já noite, reparo que progressivamente as pessoas vão reinstalando o Natal. Como todos os anos, todos, todos, todos. Vou pensando, enquanto observo este mundo meu, que a bolha emocional é um estádio das relações pessoais e que um dia rebenta sempre. Por muito bem que as pessoas se dêem um dia zangam-se. As que são amigas superam. As que não são, não superam.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
SEPTUAGÉSIMAS-SEXTAS
A ermitude agradece o link que o Eternas Saudades do Futuro fez do Palavras Ermas. Engraçado: um nome de blogue que tem exactamente as palavras que eu tenho na cabeça.
sábado, 15 de novembro de 2008
SEPTUAGÉSIMAS-QUINTAS
Actualização: e o mais é, por agora, silêncios ermos para recuperar forças da batalha.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
SEPTUAGÉSIMAS-QUARTAS
"Durante o dia, li à luz dourada do Sol de Novembro. Agora, pela noite dentro, escrevo sob a luz prateada da Lua Cheia. Pequenos nadas que são tudo."
João Marchante, Eternas Saudades do Futuro.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
SEPTUAGÉSIMAS-TERCEIRAS
As palavras que aqui são escritas vêm da ermitude. Enquanto a ermitude dura, as palavras estão lá, aguardando ver o Sol, aguardando que a Alegoria da Caverna termine, para poderem ver o Sol. E a ermitude nunca sei quando acaba. Em resposta ao comentário anterior. Hoje, por exemplo, um estranho torpor corporal e mental transportou as palavras para bem longe. Debato-me em letras, jornais, livros e pensamentos. Voltarei.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
SEPTUAGÉSIMAS-SEGUNDAS
O frio. O céu cinzento. As árvores despidas com os ossos à mostra. São três da tarde e já tenho as luzes acesas. O Inverno cerca-me. Cerca-me. Está aqui à minha frente. Resta ler.
SEPTUAGÉSIMAS-PRIMEIRAS
À mesa onde escrevo, sentado de frente para as árvores que tentam sobreviver ao frio lá de fora. O meu pensamento partiu para a ermitude, lá longe, onde se aquece e prepara para o corpo para a nova batalha desta semana. Tudo o mais me é estranho e perigosamente indiferente. Pouca coisa me faz assentar os pés no chão. É mais um tempo de voar. Aterrarei.
sábado, 1 de novembro de 2008
SEPTUAGÉSIMAS
"Cena verídica ocorrida hoje num centro comercial da capital:
As escadas rolantes seguem cheias. Todos olham para cima, ou para a escada fronteira que desce. A certa altura, a escada deixa de subir. Pára. Muitos dos seus momentâneos "passageiros" ficam desorientados, espantados, sem saber o que fazer. Uma criança pergunta:- e agora?
Por regra, não paro em escadas ou passadeiras rolantes, e irrito-me quando as pessoas param e bloqueiam a passagem. Tenho para mim que o objectivo destes apetrechos urbanos é fazer com que as pessoas cheguem mais rapidamente ao outro lado, não servirem-se delas como uma espécie de teleférico junto ao chão.
Por isso, hoje esta cena foi de uma ironia suprema. As pessoas já nem sabem subir escadas e ficam perdidas perante coisas tão simples.Que raio de pessoas fazem parte desta sociedade?"
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