domingo, 28 de setembro de 2008

TRIGÉSIMAS-NONAS

A leitora deste humilde blogue ermo Júlia ML queixa-se que eu não respondo aos comentários e questiona-se sobre se será disfunção ou má educação. Creio eu que nem uma coisa nem outra. Apenas falta de disposição. E também falta de tempo. Este é um local ermo onde divago. Onde o tempo me tem outra dimensão. Mas prometo que vou verificar os comentários, que de resto, agradeço, e responderei, cara Júlia. Quanto aos pensamentos engraçados, agradeço a referencia. Sou leitor do seu blogue e gosto muito. É um privilégio para mim este Palavras Ermas ser um dos seus caminhos...

sábado, 27 de setembro de 2008

TRIGÉSIMAS-OITAVAS

Diário do doente: quando estamos doentes o pior é estarmos doentes, sem dúvida. Mas a seguir o pior é que cada ser humano com quem falamos tem a respectiva terapêutica própria e um cardápio exclusivo de conselhos e recomendações. Que explicam e fundamentam detalhadamente, como preenchem a declaração do IRS, fornecendo ainda a lista de casos concretos de sucesso. Para além disto mostrar que existe um médico escondido dentro de cada um de nós, recomenda também que sejamos ermos quando doentes.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

TRIGÉSIMAS-SÉTIMAS

Tenho pena de Herman José. Interrogo-me muitas vezes se é a dependencia do dinheiro ou do ecran que o impede de perceber que há vários anos que o seu prazo de validade como entertainer e humorista acabou. O que é facto é que hoje rimo-nos de Herman não porque ele tem graça mas por que ainda não percebeu que já não a tem. Tornou-se patético o que era inteligente. Ficou ridículo o que antes tinha piada. Não passa de bajulação oca de tudo e todos, o que era irreverencia. Saber sair a tempo é de facto virtude que a poucos bafeja.

TRIGÉSIMAS-SEXTAS

Nunca percebi por que razão nunca gostei de me ver na televisão. Deve ser um problema psicológico. Apesar de muitas mulheres (não muitas felizmente!) me acharem bonito e de algumas outras dizerem ter uma excelente voz, a verdade é que nunca revi programas em que entrei ou entrevistas que dei. Não sei se é uma questão de timidez, de insegurança ou de auto-estima.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

TRIGÉSIMAS QUINTAS

Entrámos na estação das folhas ermas. Elas vão caindo, numa orgia de tonalidades e vão desaparecendo, deixando as árvores vazias. E morrerão, não se sabe onde nem quando. Uma aventura de vida irreversível.

sábado, 20 de setembro de 2008

TRIGÉSIMAS-QUARTAS


Para um burguês ataviado, que gosta de escrever umas merdas de vez em quando, mais ao desabafo que ao literato, que é justamente o meu caso, a capa da última Ler é irresistível. "O homem que ensina Portugal a pensar" faz-nos comprar imediatamente a revista. Afinal de contas, quem será o magano que afinal pôs isto neste estado, é o que avidamente buscamos saber. Para lhe fazer o quê, logo se verá depois de ler. Depois, repuxando os olhos ao cimo, desperta-nos o divertimento do riso de Machado de Assis, cem anos depois. Sempre é um avanço poder rir sem ser da SIC e da TVI. O pior, como se não bastasse já, vem no título do meio: os livros que os nossos filhos, mais rigorosamente dos 6 aos 18 anos (não dos 7 aos 17, nem dos 5 aos 16, rigorosamente dos 6 aos 18!) devem ler "além dos livros escolares". Como? Oh Francisco: não pode pôr os titaleiros da revista em ordem? Então Vocências querem impingir uma lista do "deve ler"? Não esperava essa atitude da sua parte, muito menos dirigida a jovens ainda não dotados de suficientes intrumentos críticos de selecção. Mas você é que é o Director, aguente-se... Ah e vou continuar a Ler a revista, claro. Mas cuidado com os títulos.

TRIGÉSIMAS-TERCEIRAS

Eu também oiço as coisas da política. E tenho uma coisa a dizer: há um sujeito chamado Pedro Marques Lopes, que não sei de onde apareceu, mas também não me interessa, que agora aparece em todo o lado, designadamente no Rádio Clube Português e num programa da SIC Notícias que consigo nunca ver, que é o Eixo do Mal. Sinceramente, tenho a dizer que não gosto de o ouvir. Parece que está sempre zangado, diz enormidades categóricas, e arranha o éter. Eu sei que isto é uma superficialidade. Mas apeteceu-me. Acho que condiz com a pessoa.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

TRIGÉSIMAS-SEGUNDAS

Como hei-de eu fazer isto?... Constato que oito blogues se ligaram ao Palavras Ermas. O Viagens no Meu Sofá, o Gónio, o Congeminações, o Aqui, o Apdeites V2, o Estado Sentido, O Andarilho e o Privilégio dos Caminhos. Talvez dizer simplesmente obrigado pela atenção. E eu com a minha preguiça, nem faço as devidas hiper-ligações. Também, são as palavras que contam, não é assim?...

TRIGÉSIMAS-PRIMEIRAS

Há barulhos e cheiros que irresistivelmente me atraiem. Deixemos agora os cheiros de lado. Hoje, estou especialemente sensível a um dos barulhos de que mais gosto: o barulho de retirar andaimes de prédios. Passei o Verão com andaimes à frente da minha janela, com ferros entre o meu olhar e o Sol, só para mudarem o telhado do prédio. Hoje, estão a tirá-los. Parece que uma nova vida começa. Curioso como associo certas coisas a um recomeço.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

TRIGÉSIMAS

As palavras, só as palavras, às vezes, libertam-me. É como se objectivá-las me aliviasse de um sufoco, por milagre. Ai, há milagres, há. Não são os das religiões, mas os das emoções. Não interessa quando, nem onde, nem como se escrevem elas. É preciso é soltá-las. Elas sabem sempre voar, logo assim que nascem.

VIGÉSIMAS-NONAS

Há dias que a minha definição de felicidade é ler e escrever. Outros não. A felicidade é assim: não tem definição, apenas circunstâncias. Por isso é toda ela efémera.

VIGÉSIMAS-OITAVAS

Se eu disser que estou afadigado pode entender-se que a fadiga tomou posse das minhas carnes e ânimos, como pode entender-se que estou muito ocupado em várias tarefas ao mesmo tempo. Eu estou afadigado. Mas esclareço que é no sentido primeiro. Eu sei que isto não vos interessa para nada. Mas apeteceu-me dizê-lo e disseram-me que um blogue também serve para estas inutilidades.

VIGÉSIMAS-SÉTIMAS

Há detalhes que subitamente nos revelam coisas da vida que nada mais, por muito que tenha sido, nos conseguiu mostrar. No meio da enfermidade, resolvi sair de casa ontem de manhã para experimentar a readaptação à vida exterior. Não saía há três dias. À rua, que hoje saímos e entramos do mundo interiro à distância de uma tecla. Mas o ar, o ar é sempre o ar. Ainda fraco, lá fui andando. Atravessei a rua. Irresistivelmente fatigado, destreinado, receoso?, decidi sentar-me no jardim em frente da minha casa. Um jardim pequeno, rodeado de altas árvores no meio da cidade barulhenta e poluída, com uma imprescindível estátua de um personagem da vida real local a encimá-lo. Daqueles jardins que se diriam desenhados por Salazar para o livro de leitura da 3ª classe para ilustrar uma cidade feliz. E foi aí que de repente me vieram à memória tantos e tantos velhotes que tenho visto ao longo da vida sentados em jardins outros, sózinhos no seu banco e no seu mundo. São detalhes. De velhice.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

VIGÉSIMAS SEXTAS

Marques Mendes escreveu um livro. Eh, eh! Grave, grave é que um jornal dito de referencia (referencia de quê?) fez manchete com este facto.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

VIGÉSIMAS-QUINTAS


Sempre tive uma relação complexa com o Magoito. Dividia-me entre a fealdade de certos lugares e a estrondosa magnitude do mar e das escarpas e da espuma gasosa das ondas que batiam nas rochas, a pairar sobre tudo. Depois achava que o lugar, pelas terreolas fora, sem passado, sem traço, sem diferença, sem chama, eram depressivas e desinteressantes. Perto, em Fontanelas, Vergílio Ferreira era capaz de escrever do melhor que tenho lido vida fora. E eu pensava: "Que diacho de coisa! E a mim qu'isto para aqui não me diz nada." Hoje, penso que talvez fosse a simplicidade brutal do sítio que me desenquadrava dele. É muito difícil perceber, falar, viver na simplicidade. Muito menos aos quinze anos. Mas agora sabia-me bem sentir a brutalidade daquele mar, sentado cá em cima ao pé da pequena fortaleza que parece Finisterra. Só eu e o mar vasto à minha frente. Hoje precisava dessa dimensão da pequenez.


(Tirei a fotografia daqui)

VIGÉSIMAS QUARTAS

Nós só somos donos das palavras enquanto não as dizemos, enquanto não as escrevemos. Depois, deixam de nos pertencer e ganham vida própria. Os autores das palavras são apenas a legenda delas.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

VIGÉSIMAS TERCEIRAS

Pronto. É assim. Tudo de bom. Os suportes de linguagem usados indiscriminadamente sem nexo no discurso oral das pessoas irrita-me.

VIGÉSIMAS SEGUNDAS

A prostração física desenvolve-me por vezes a veia criativa. O problema é quando o corpo não acompanha a criatividade e não há força nem sequer para dedilhar, por caneta em papel, por tecla em computador, por pincel em tela, por dedos em instrumento, o que nos assola o pensamento. É o meu caso hoje.

domingo, 14 de setembro de 2008

VIGÉSIMAS PRIMEIRAS

Não me venham já dizer que o assunto não tem relevância, porque tem. Sucede que gosto de bolos. Mais de uns do que de outros. Deliro, por exemplo com quase tudo o que é petit fours, sortido húngaro coum ou sem recheio, excepto uns horrorosos de coco. Mas acho uma falsificação digna de intervenção ASAEana que as pastelarias nos vendam gato por lebre. Ou seja: da mesma massa, exactamente da mesma massa, fabriquem sob formas diferentes exactamente os mesmos bolos na substância. Por exemplo, da mesma massa há quem faça pães de leite (o caraças para o leite!), croissants (verdadeiras ofensas à cultura francesa), umas coisas horríveis a que recuso chamar bolos, que há quem designe de orelhas, horror!, laços, brrrrrrrr!, bastando para tal pôr-lhes uma cereja cristalizada em cima ou um arremedo de creme numa preponderância ocasional. Abaixo a falsificação da pastelaria portuguesa!

sábado, 13 de setembro de 2008

VIGÉSIMAS

"Cruzo-me diariamente com esta, com outra e aquela pessoa no metro e na rua que subo diariamente até ao escritório. Conheço-lhes os passos, o cheiro, o guarda-roupa e alguns dos seus vícios. Conheço-os melhor do que a muitos dos meus primos e tios e nem um "Bom dia" lhes digo. Qualquer dia faço-o. Um destes dias chamar-me-ão maluco!"
João Maria Condeixa, no Camara de Comuns.
Nas palavras dos outros vejo coisas que já pensei e nunca escrevi.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

DÉCIMAS NONAS


Interessam-me muito as cores. Do céu, das árvores, dos montes, das casas. Por elas percebo estados de espírito. E vejo-as através do meu estado de espírito. A mesma cor já me assolou feia e já me encantou de empatia instantanea.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

DÉCIMAS OITAVAS

Andava meio país excitado com o silêncio de Ferreira Leite. A senhora falou. O país não mudou, claro. O Governo também não. Os meus problemas de coluna estão exactamente na mesma. Acho apenas as noites ligeiramente mais frias, o que julgo ter mais a ver com o facto de o Verão estar a chegar ao fim. Por mim, fazia-se oposição três meses antes de cada eleição e pronto. Poupava-se uma pipa de massa e muita palavragem.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

DÉCIMAS SÉTIMAS

Verifico que cada vez mais pessoas não conseguem conviver com o silêncio. Passam o dia com a televisão, que não olham nem ouvem, ligada. Ou com o rádio. Ou com o mp3. Ou com o mp4. Ou, ou, ou. Será que isto revela que têm dificuldade em conviver consigo próprias? Ou então será que apenas querem disfarçar a solidão com barulho ilusório?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

DÉCIMAS SEXTAS

Eu gosto de futebol. Ao princípio fascinavam-me os jogos, sobretudo os do meu clube. Mas em qualquer jogo era incapaz de não torcer por alguém. Hoje aprecio sobretudo as histórias humanas à volta do futebol. É por isso que de Pinto da Costa, como pessoa, que muitos odeiam, que eu sempre detestei por achar que simbolizava tudo quanto de podre é a pequenina sociedade portuguesa, e que muitos diabolizam, como ele gosta, aliás, hoje apenas consigo sentir pena. Muita pena. Deve ser uma pessoa muito infeliz. Por dentro.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

DÉCIMAS QUINTAS

Hoje amo uma mulher como nunca amei. Como saber quando se ama? Se não podemos experimentar todas as mulheres que nos atraiem? Se não temos um amorómetro? Hoje amo uma mulher como nunca amei. Nem sequer como amei a mulher com que casei.

domingo, 7 de setembro de 2008

DÉCIMAS QUARTAS

Há dias em que as ideias se me atropelam. Outros em que me deixam num vazio profundo. Mas pensamos sempre, mesmo quando pensamos em nada. Porque não há momento nenhum em que alguma coisa não nos preencha o pensamento. O nada é sempre alguma coisa, ainda que não nos ocorram os vocábulos de de o descrever. E não é possível transmitir nunca plenamente tudo o que somos, se tudo o que somos inclui tudo o que pensamos. Nessas sobras que se quedam exprime-se uma indizível e incontornável solidão. Radicalmente.

sábado, 6 de setembro de 2008

DÉCIMAS TERCEIRAS

Confesso: não gosto do Porto. Um dia que tenha pachorra posso explicar. Agora, viver no Porto este fim de semana deve ser uma verdadeira tortura, com os tarados dos aviões a entupirem a cidade, os barulhos dos aviões a entupir os ouvidos e os fumos dos aviões a entupir os olhos.

DÉCIMAS SEGUNDAS

Estou em greve de salgados. De croquetes, de rissóis, de pastéis de bacalhau. Enquanto a Versalhes estiver em obras darei uma folga ao fígado.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

DÉCIMAS PRIMEIRAS

Vi-me aflito para abrir uma conta de email no Gmail. Primeiro que eu atinasse com as letras de verificação que eles exigem foi o cabo dos trabalhos. Serei pitosga ou os gajos não querem mesmo que o pessoal abra mais contas?

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

DÉCIMAS

Tenho uma incompatibilidade especial com os restaurantes gourmet. Quando como gosto de ter comida no prato, em primeiro lugar e de comer mesmo, em segundo lugar. Aqueles pratos de meio metro de diametro onde, com uma potente lupa, e depois de muito viajar pelo deserto, conseguimos arqueologizar uma batata, um bróculo, um pingo de um molho experimental feito de plantas de estufa, tudo convenientemente arrumado no centro geodésico do prato e com 2 milímetros cúbicos de entrecôte fumado em lareira da Provença por debaixo de tão proteicas decorações, fazem-me urticária estomatológica.

NONAS

Sem muitas vezes darmos por isso os nossos hábitos mudam lentamente. A primeira coisa que eu fazia quando saía de manhã para estudar primeiro, para trabalhar depois e para preguiçar nos respectivos intervalos, era estacionar numa banca de jornais e demorar-me cinco minutos a ler as primeiras páginas. Hoje reparo que já não faço isso. Espero pela divulgação das primeiras páginas dos jornais na SIC Notícias à uma da manhã.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

OITAVAS

Estou vaidoso. Abri esta geringonça à tardinha e já recebi quatro comentários. Não sabia que havia tanta interacção.

SÉTIMAS

Querem um exemplo de coisinhas feias que é constrangedor dizer, do tal indizível? Aí vai: eu tenho inveja, sim, inveja, seja lá ela um pecado para alguns, um defeito para outros, uma tortura para outros ainda. Tenho inveja de um blogue que eu gostaria de ter imaginado e escrito e que já acabou. Mas decidi pô-lo à mesma na lista dos links. Este.

SEXTAS

Nunca percebi a razão pela qual quando um homem e uma mulher vão a um restaurante e pedem uma cerveja e uma coca-cola os empregados põem sempre a coca-cola à frente do prato da mulher e a cerveja à frente do prato do homem.

QUINTAS

- Bom dia.
-Faz favor...
-Queria um quarto de água do Luso.
-Luso não tenho. Pode ser Fastio?
-Se pudesse ser Fastio não tinha pedido Luso.
Eis um diálogo impossível nos cafés, nas tascas e nos restaurantes portugueses. Passamos a vida a comer e a beber o que não queremos.

QUARTAS

Um dos tiques da oralidade lusitana que mais me enerva é a utilização dos inhos e das inhas. Porra, que enjôo. Um cafézinho, um bolinho, a Sofiazinha, uma caminha, um carrinho, um soninho. Um verdadeiro pesadelozinho, esta mania.

TERCEIRAS

Uma das coisas que mais me diverte são as gaffes. Lembro-me de uma entrevista à TVI em que o pretendente ao trono D. Duarte, questionado sobre o número de convidados do seu casamento com Isabel, justificou que não pôde convidar toda a gente que desejava e rematou, entre o conformado e o esperançoso, com um "fica para a próxima". Delicioso, do ponto de vista da convicção na durabilidade do casamento.

SEGUNDAS

Ermas são as minhas palavras que nascem, vivem e morrem em solidão, em ermitude, lá no deserto do indizível. Ai, se temos todos um território do indizível, oh se temos. Deixem-se de coisas.

PRIMEIRAS

Quantas vezes pensamos e não podemos dizer. Quantas. Até para não magoar pessoas queridas. Ao contrário do que se pensa o mundo e a civilização seriam inviáveis na base apenas da verdade. E a mentira ou a omissão são como as armas, as drogas, e quase tudo na vida: podem ser bem ou mal usadas. Eu, tantas vezes ermo rodeado de gente por todos os lados, apetece-me dizer palavras ermas. Maravilhosa liberdade.