domingo, 4 de janeiro de 2009

NONAGÉSIMAS-SEXTAS

Fumo, vagarosamente, um cigarro. Saboreio cada segundo de vida. Delicio-me. Enquanto leio blogues. Uma forma de felicidade como qualquer outra. Faz hoje 17 anos que sucedeu um acontecimento importante na minha vida. Todos os dias são bons para balanços. Faço hoje o meu, de tantos que faço. Sim, sou um bocado agarrado a datas e aos simbolismos que introduziram na minha vida. Como me acontece com os objectos. Por exemplo, guardo ainda e uso a tesoura que os meus pais me compraram quando entrei para o ciclo preparatório. E guardo outras coisas. O mais importante, porém, é o que guardo na minha alma. E guardo nela todos os momentos que vivi. Dizia alguém que cultura é aquilo que nos resta depois de termos esquecido tudo o que aprendemos. Eu digo que nós somos o que lembramos de tudo o que não esquecemos ao viver. Onde é que eu ia?...

2 comentários:

Toze disse...

Sermos a memória do que vivemos, nem sempre é positivo, creio eu.

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

essa teoria sobre sermos tábua rasa, à maneira de Caeiro, subscrevo-a só para o Saber, a Cultura. De resto, concordo consigo, somos memória.