PORTAS
Mesmo com a fachada florida,
encerro a porta e roubo-lhe o batente
para que ninguém me toque.
Fecho-me na cave de mim e aguardo
a trovoada em que me desabosem mais pétalas do que quer que seja
fico assim confinada
a dedilhar-me de mansinho arrumando a gaveta
que em mim trago.
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