domingo, 7 de setembro de 2008

DÉCIMAS QUARTAS

Há dias em que as ideias se me atropelam. Outros em que me deixam num vazio profundo. Mas pensamos sempre, mesmo quando pensamos em nada. Porque não há momento nenhum em que alguma coisa não nos preencha o pensamento. O nada é sempre alguma coisa, ainda que não nos ocorram os vocábulos de de o descrever. E não é possível transmitir nunca plenamente tudo o que somos, se tudo o que somos inclui tudo o que pensamos. Nessas sobras que se quedam exprime-se uma indizível e incontornável solidão. Radicalmente.

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