domingo, 18 de janeiro de 2009

CENTÉSIMAS-SEGUNDAS

Abandonei-me ao Inverno, ao ar quente dos aquecimentos, às visões sombrias do cinzento dos céus. Leio, leio, leio compulsivamente. Escrevo, escrevo, escrevo compulsivamente. Quero saber de tudo. Das histórias do sexo na Casa Branca aos middle-aged que estão a passar fome com cartão Visa sem plafond no bolso por causa da crise que um tal ministro pequenino de apelido Pinho garantiu há uns meses que tinha passado e que um tal Sócrates disse que estávamos melhor preparados que os outros para receber. É a vida que sinto num tropel. Por isso tenho de refugiar-me frequentemente na música, na poesia, até na singela contemplação platónica do tal inverno. E basto-me, por ora, nisso. E que bom que, por enquanto, baste refugiar-me nisso.

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