sábado, 18 de outubro de 2008

QUINQUAGÉSIMAS-OITAVAS

Um dia inteiro em frente a uma janela por onde apenas vejo árvores e oiço o rebuliço do quotidiano citadino dos outros mas sem ver verdadeiramente os outros e o rebuliço que fazem porque da janela que está todo o dia à minha frente apenas se vêem as árvores do jardim que fica em frente da casa onde me prostro e viajo sem cessar pelas emoções de um teclado das árvores desfolhantes que se vêem pela janela que está à minha frente e do barulho do bulício quotidiano que os outros produzem na cidade enquanto eu apenas vivo emoções e produzo palavras em torrentes

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