quinta-feira, 4 de setembro de 2008

DÉCIMAS

Tenho uma incompatibilidade especial com os restaurantes gourmet. Quando como gosto de ter comida no prato, em primeiro lugar e de comer mesmo, em segundo lugar. Aqueles pratos de meio metro de diametro onde, com uma potente lupa, e depois de muito viajar pelo deserto, conseguimos arqueologizar uma batata, um bróculo, um pingo de um molho experimental feito de plantas de estufa, tudo convenientemente arrumado no centro geodésico do prato e com 2 milímetros cúbicos de entrecôte fumado em lareira da Provença por debaixo de tão proteicas decorações, fazem-me urticária estomatológica.

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